Considerando que a arte depende, e bastante, de gosto pessoal, aos meus olhos destacaram-se os espetáculos: “O Circo de Retirantes”, “Nunca Em Los Angeles”, “O Mistério das Meias Vermelhas” e “Anos de Chumbo”.
O espetáculo tem um visual muito bem arranjado pela visão externa do diretor Bruno Benedetti. Atores bem distribuídos em cena e cada um com seus personagens bem definidos e representados. A quebra de diferentes ritmos durante a peça é bastante diversificada, o tempo todo surgem surpresas entre o cômico, o dramático, com suspense ou com suavidade, enfim, não se perde a atenção assistindo a este belo trabalho. E com certeza afirmo: foi a apresentação mais aplaudida dentre as que assisti.

Os Parafernálios e seu “O Mistério das Meias Vermelhas” lembrou-me muito visualmente o espetáculo “As

Singelo, bem criativo e junto a toda simpatia do elenco em cena, o espetáculo fez mágica quando, do seu carrinho de instrumentos, acessórios, objetos de cena, trecos e cacarecos, fez um mini-circo ao esticar fitas sugerindo o formato da lona.
Um texto do grupo, musicado com letras do grupo e nitidamente um trabalho de grupo de muito bom gosto, que aponta um futuro certo de grandes criações.
Merecidamente “O Mistério das Meias Vermelhas” ficou entre os três vencedores da MAC 2008. Que incluiu ainda a Trupe de Quintrulhos, com "Antes Eles do Que Eu" e o Grupo LouPT com "Anos de Chumbo".
Agora, falando como brincante do Palco, identifiquei-me contextualmente com “Anos de Chumbo”.

A sonoplastia feita da coxia, apesar de poder ser melhor explorada, já é bem pensada junto as cenas. O elenco é bastante jovem e vem trilhando um aprendizado bastante produtivo que vejo há dois anos, desde o infantil “Pluft, o Fantasminha”, são jovens que nos mostram seus frutos em “Anos de Chumbo”.
Também merecidos vencedores da MAC 2008. Parabéns.
O ano de 2009 promete, assim como 2010, 2011 e assim por diante. A arte teatral em Guarulhos não para e não vai parar de crescer, pois ela é feita de artistas de talento, vontade e acima de tudo amor pelo palco que pisam, cada vez mais dispostos a criar e aprender. Sempre.
___________________________________Felipe Cirilo...