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Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras


Mac 2008.
"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""O Palco de Brincadeiras ficou de fora, mas esteve por dentro.


A Mostra de Artes Cênicas de 2008 foi dividida em duas: Vocacional e Pesquisa, e eu, felizmente tive a oportunidade de assistir a boa parte dos espetáculos apresentados pelos grupos de Pesquisa, no Teatro Padre Bento, de Guarulhos.
Considerando que a arte depende, e bastante, de gosto pessoal, aos meus olhos destacaram-se os espetáculos: “O Circo de Retirantes”, “Nunca Em Los Angeles”, “O Mistério das Meias Vermelhas” e “Anos de Chumbo”.






O grupo Populacho & Piquenique Classe C do Teatro tem uma bela pérola nas mãos. “O Circo de Retirantes”, como diz a sinopse, realmente nos leva a um passeio pela risada e a emoção. Lucas Branco conduz o espetáculo na minha opinião, entretanto, sem roubar a cena. Ele junto com todo o elenco tem um feeling que só sabe quem assiste, e compreende melhor ainda quem conhece essa trupe de artistas orgulhosamente guarulhenses. É uma peça que merece ser vista além das fronteiras dessa cidade.
O espetáculo tem um visual muito bem arranjado pela visão externa do diretor Bruno Benedetti. Atores bem distribuídos em cena e cada um com seus personagens bem definidos e representados. A quebra de diferentes ritmos durante a peça é bastante diversificada, o tempo todo surgem surpresas entre o cômico, o dramático, com suspense ou com suavidade, enfim, não se perde a atenção assistindo a este belo trabalho. E com certeza afirmo: foi a apresentação mais aplaudida dentre as que assisti.






“Nunca Em Los Angeles” foi uma diversão com a Cia É-voras de Artes Cênicas, neste caso, literalmente um passeio. O espetáculo itinerante, arrancou boas gargalhadas da platéia com seu farsesco elenco em cena, pareciam estar em casa no gramado do Teatro Padre Bento. Além de utilizarem bem o espaço, foram criativos também na criação com as cadeiras que carregam durante toda a peça, e das quais fazem bom uso, inclusive musicalmente, pois são instrumentos de percussão em alguns momentos da peça. Acredito que o texto não seja tão condizente com a montagem que traz muitas características do teatro popular, porém é bem absorvido enquanto sátira aos personagens que são “norte-americanizados”. Audaz a direção de Luiz Ventania nesta montagem de rua tão expansiva.





Os Parafernálios e seu “O Mistério das Meias Vermelhas” lembrou-me muito visualmente o espetáculo “As Bastianas”(texto de Gero Camilo, montado pela Cia. São Jorge de Variedades) numa versão reduzida em espaço e em “público alvo”. Foi um infantil que conseguiu, naturalmente, encantar a todos, independente da idade, humor ou gosto musical.
Singelo, bem criativo e junto a toda simpatia do elenco em cena, o espetáculo fez mágica quando, do seu carrinho de instrumentos, acessórios, objetos de cena, trecos e cacarecos, fez um mini-circo ao esticar fitas sugerindo o formato da lona.
Um texto do grupo, musicado com letras do grupo e nitidamente um trabalho de grupo de muito bom gosto, que aponta um futuro certo de grandes criações.
Merecidamente “O Mistério das Meias Vermelhas” ficou entre os três vencedores da MAC 2008. Que incluiu ainda a Trupe de Quintrulhos, com "Antes Eles do Que Eu" e o Grupo LouPT com "Anos de Chumbo".



Parabéns Parafernálios.





Agora, falando como brincante do Palco, identifiquei-me contextualmente com “Anos de Chumbo”.



A adaptação feita por Osvaldo Coelho da tragédia de Édipo, de Sófocles (496 a 406 a.C.), traça um paralelo à ditadura militar vivida no Brasil no início dos anos 70. Um texto, que na minha opinião é arriscado por conter cenas curtas, mas que, ao mesmo tempo pincela informações diretas para a trama, jogo este bem colocado no palco, que aliás surpreendeu com um cenário básico e ao mesmo tempo muito funcional, que deu o clima exato para as cenas. Três tecidos transparantes pendurados, sendo os laterais pretos e o central branco. Algumas cenas aconteceram atrás deles, ora no projetar de uma sombra, ora nuveando cenas de tortura.
A sonoplastia feita da coxia, apesar de poder ser melhor explorada, já é bem pensada junto as cenas. O elenco é bastante jovem e vem trilhando um aprendizado bastante produtivo que vejo há dois anos, desde o infantil “Pluft, o Fantasminha”, são jovens que nos mostram seus frutos em “Anos de Chumbo”.
Também merecidos vencedores da MAC 2008. Parabéns.






O ano de 2009 promete, assim como 2010, 2011 e assim por diante. A arte teatral em Guarulhos não para e não vai parar de crescer, pois ela é feita de artistas de talento, vontade e acima de tudo amor pelo palco que pisam, cada vez mais dispostos a criar e aprender. Sempre.





___________________________________Felipe Cirilo...


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Música: "Pôe Fogo!"
Palco de Brincadeiras

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"Pôe fogo!
Pôe fogo!
Pôe fogo pra ver o que acontece.
.
O povo que passa tem
Mais de mil raças
Idéias, verdades, mentiras
.
Diziam que eram
Aquilo que viam
Mas podiam ser o que for
.
Veja o que é
Veja o que quer
Veja o que pode ser
.
O erro acontece
Risada e esquece
Mas sempre pode acontecer
.
Pôe fogo!
Pôe fogo!
Pôe fogo pra ver o que acontece"


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Revolutividade>
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General, o seu tanque é
um poderoso veículo
que derruba as florestas &
esmaga uma centena de homens.
Mas tem um defeito: ele precisa de um motorista.


General, seu bombardeiro é poderoso.
Ele voa mais rápido que uma tempestade
& transporta mais de um elefante.
Mas tem um defeito: ele precisa de um mecânico.


General, o homem é muito útil.
Ele pode voar e pode matar.
Mas tem um defeito: ele pode pensar.
Bertold BRECHT.




Teoria da Revolutividade

Palco de Brincadeiras> ____Apresentar este material, nada mais é que apresentar registros, estudos,todos
passíveis de crítica. Assim como toda
crítica é passível de crítica, pois
ela é um estudo daquilo que está
criticando. Mesmo passíveis assim,
é necessário correr riscos, já que
temos uma concepção, em construção, do
que estamos falando.
Refletir junto.
E, junto a toda falação, vamos trazer a
vivência concreta (memória das experiências,
diferente de discursos e teses).





A Revolutividade está entre a teoria e a revolução.
O passo seguinte à teoria é aplicá-la (na formade um exemplo) a uma situação, contando-a, narrando-a. Exercitar
a criatividade que, por sua vez, evoca energia e, conseqüentemente, o agir.




Um teatro Revolutivo, não revolucionário.
Não deseja mudar o mundo, buscar erros
e extirpá-los, pelo contrário, os trás à tona com
tudo o que eles têm, de diferentes e amplos
pontos de vista. A Revolutividade mostra com
disfarces e caricaturas de caráter
Busca uma nova plástica à arte > _____espetacular
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O Palco Indica:


"A Coisa Privada" é para encafifar como diria minha mãe.

É o teatro de situações. A ausência da fala na forma comum aos nossos ouvidos, convida a observar mais e mais atentamente as imagens, belamente criadas por esta companhia que me surpreende a cada espetáculo que assisto. A crítica política desta maneira é feita, porém comicamente, ou seja, não pesa e faz com que a criatividade do espectador viaje longe. Em cartaz no CCSP.

Felipe Cirilo.

“A COISA PRIVADA”Espetáculo teatral criado pelo grupo Fora do sériO


Sinopse. Em uma terra distante, numa época distante, porém com uma realidade bem próxima, 3 velhos cansados de presenciar a corrupção e a falência de todo o sistema público de onde vivem, decidem abandonar a terra natal em busca de um paraíso. Ao partirem, Fulano - o carregador do trio, passa por uma série de peripécias e não consegue sair da cidade.
Sobre o processo de criação“A Coisa Privada” é o mais recente espetáculo teatral elaborado pelo grupo Fora do sériO em parceria com o SESC Ribeirão Preto.

O especial deste projeto é que ele foi idealizado de forma que seu processo de criação fosse exposto ao público antes da conclusão do espetáculo. Assim, através de ensaios abertos, palestras e oficinas, o público pôde refletir, debater, expor e ouvir idéias, opinar, contribuir para a elaboração do trabalho e desvendar as etapas da criação teatral.


Sobre o espetáculo O tema de “A Coisa Privada” é extraído da vida política que o Brasil vive atualmente. Infelizmente, as notícias que a imprensa publica não refletem modelos de políticos que inspiram orgulho, ao contrário, escândalos sucessivos vem deixando a população boquiaberta com o grau de organização das quadrilhas existentes no setor público especializadas em fraudes, sonegação fiscal, desvios de verba pública, vendas de laudos técnicos, falsificações de documentos, licitações fraudulentas, etc e etc ...

A linguagem. Quanto às escolhas estéticas, a comicidade e a utilização da máscara teatral não são novidades para o grupo Fora do sériO, mas a ousadia está na opção por um espetáculo baseado na linguagem não verbal. Embora fosse um sonho antigo, “A Coisa Privada” concretizou esta vontade de apresentar um espetáculo apoiado na comunicação gestual e não dependente da linguagem verbal, embora seja utilizado o “grammelot”, conjunto de sons que cria uma espécie de língua inventada cujo sentido se constrói a partir da inflexão das sonoridades em conjunto com a comunicação dos gestos e o ritmo da ação cênica. Como já expressou um espectador do ensaio aberto, “o público constrói o diálogo”.
A coragem da criação coletivaA forma da construção do espetáculo também está intrinsecamente ligada ao tema. A criação coletiva, expressão que causa arrepios pela fragilidade que pode causar a ausência de um diretor, foi a opção para a elaboração do roteiro, as montagens das cenas, a organização das idéias. Não é um processo fácil, ao contrário, exige um grande desenvolvimento de grupo e capacidade de ouvir, mudar, acatar as idéias do outro, aliás, pré-requisitos essenciais para a vida em democracia.
A Equipe Fora do SeriO.

Extraído do site: http://www.foradoserio.net/

Mais informações no site do Centro Cultural de São Paulo:
http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_teatro.asp