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Manias, Festas e Ações Sociais

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

Uma sociedade que se manifesta evolui, transpõe obstáculos e alcança novas e melhores fases.

Existem, pelo menos, duas opções para a mudança, vamos chamá-las: ação social e a ação pessoal. Mas, antes, o que a sociedade precisa mudar?

Não nos faltam fontes de respostas para essa pergunta. Diariamente a mídia, em suas mais velozes e variadas formas, nos bombardeia, com inúmeros problemas sociais, entre outros, violência, saúde, educação, corrupção na política, etc.

A página inicial do UOL, Terra ou qualquer outro provedor de internet, assim como os horários nobres da TV, rádio, e jornais não nos deixam esquecer da necessidade que há em cada um de nós, de uma tomada de atitude real e funcional. Tomemos como exemplo, o antigo encenador de teatro alemão, Bertolt Brecht. Segundo Brecht, o ator não só atuava e se entregava ao papel e à situação de maneira cega, o ator devia tomar um partido, era o ator épico.

Assim como Brecht e o teatro épico, podemos optar pela ação social, não só na área da cultura através da arte, seja num âmbito nacional ou em nosso próprio bairro. A ação social consiste, não só na idealização, mas também na concretização de projetos e atitudes que prezam pelo coletivo, como ONGs, fundações e associações, por exemplo, a Fundação Bradesco, faz um ótimo trabalho na educação e parte de uma iniciativa privada que se dedica a uma ação social. Ou podemos optar pela ação pessoal, todos nós, com pequenas atitudes desde o não jogar lixo na rua, até um voto consciente e fundamentado nas urnas, assim solucionando aos poucos os grandes problemas sociais, nos tornando um grande coletivo de ações pessoais.

Sejamos todos os dias os caras-pintadas do impeachment, deixando de lado a mania de apenas falar e reclamar dos problemas, deixando de lado o excesso de festas.Vamos comemorar e ser feliz, mas não nos cegar em carnavais fora de época, exatamente em época de eleição, façamos nossa opção, pessoal ou social. Equilibrando manias e festas em grandes Manifestações Sociais

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

E agora, Brecht?

Hein?
É o que pergunta a Trupe de Bacantes, juveníssimo grupo da Cidade de Guarulhos que já caminha em meio a pesquisas teatrais de bom gosto.


O espetáculo é um desenvolvimento a partir do texto O Círculo de Giz Caucasiano de Bertold Brecht. De acordo com o diretor Everton Lampe basicamente, a pesquisa desenvolvida na montagem e criação do espetáculo, envolve o teatro épico de Brecht, em si e a dialética. O brincante que voz fala assistiu ao ensaio aberto da trupe há cerca de três semanas antes da estréia. Posso dizer que a trupe caminha bem na descoberta de sua própria opinião, da opinião do grupo e de sua personalidade, em confronto com o texto e suas correlações com a atualidade brasileira.

As sutis quebras de personagens, quarta parede, acontecem mais na voz de Tamara Mayumi, que representa Grucha e tem um tom bem bacana e cômico assim como certo momento em que a narradora representada por Heidy faz piada com a platéia. E foi nesses momentos que o espetáculo começou a trazer a platéia pra si, como se propõe a manifestação teatral épica, e talvez aí esteja a ligação necessária, que traga mais vida e um certo sentido popular a peça que automaticamente, a partir do texto incita o público a opinar a respeito do julgamento que acontece em cena, o garoto fica com a mãe biológica ou com a mãe de criação?
A cumplicidade dos atores com o público, sendo mais sincera e simples teria um toque especial no espetáculo, a estréia deve ser causa de uma certa tensão (no melhor sentido da palavra) evidente no texto dos atores.

O paralelo traçado entre o caso em cena e crimes atuais foram expostos de uma maneira que, lhes confesso, me incomodou, não no sentido teatral, mas na vida realmente. Viril. Os fatos contados nos fazem ver o quanto coisas tenebrosas acontecem ao nosso lado e nem vemos. Se na Alemanha e nos tempos de Brecht as coisas não iam muito bem, hoje ainda temos de nos perguntar: E agora, Brecht?

Um caminho já bem bacana, dá-lhe Bacantes!

Felipe Cirilo

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

O Palco indica>

E AGORA, BRECHT?
Trupe de Bacantes


Espetáculo: Adulto. Indicação: 14 anos. Duração: 35 min.
Auditório 3, 21h20.
Entrada Franca, retirar os ingressos 1 hora antes do espetáculo.

NO ETC... Guarulhos.

Em breve comentários sobre a montagem.

Mais informações sobre a mostra:
http://www.guarulhos.sp.gov.br/05_cidade/cultura/comunicados/encontro_teatro_grs_2009_programacao.pdf

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras



O texto do Palco faz-se presente no ETC...





O Projeto Luz, Letras e Ação, idealizado pelo dramaturgo Sérgio Siverly, é uma iniciativa que dá espaço aos textos escritos pela cidade de Guarulhos, pelos seus autores. As leituras dos textos começaram no primeiro fim-de-semana do Encontro de Teatro da Cidade de Guarulhos, o ETC... e o primeiro texto apresentado foi "O Cântico dos Cânticos" de Rubens Mello, ator da cidade.





Neste dia 19, domingo, ás 18:30hs, o texto apresentado será "A Pedra Negra da Frígia" de Felipe Cirilo, texto escrito a partir dos estudos desenvolvidos no Palco de Brincadeiras junto com Angela Goncalves.

Mais informações sobre o projeto Luz, Letras e Ação no blog: http://consuladodascenas.blogspot.com


Dia 19/07 ás 15hs.

A entrada é franca.
Acontecerá num dos auditórios do Teatro Adamastor em Guarulhos.
Av Monteiro Lobato, nº 734.

Alguém responde?

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

A questão é: Como o sujeito pode se localizar, diante de ações fisicamente concretas numa sociedade que também regula-se em meio a convenções e regras que vão além das ações físicas?

Hein?

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

Síntese das Sínteses Sobre Bertold Brecht e o Teatro Épico.

Bertold Brecht foi o encenador que mais intensamente desenvolveu as criações do teatro épico, um teatro que viria como uma alternativa à subjetividade do expressionismo, à poesia do simbolismo e um belo achado frente ao drama e o naturalismo. Trabalhou na criação e recriação de propostas que já vinham, por exemplo de encenadores como Meyerhold, Piscator e Claudel.

Os estudos desenvolvidos por Brecht estruturam um teatro que não está para o público e sim com o público, assim cada apresentação de espetáculo torna-se um experimento sociológico, que envolve os atores e a própria platéia, em cena. Apresenta fatos de maneira objetiva não dando julgamentos ou respostas as questões abordadas, mas expondo inúmeros pontos de vista, abrindo o leque de possibilidades ao espectador que dessa maneira não entrega-se ao enlaçe psicológico do teatro naturalista, mas reflete, raciocina e toma partido diante daquilo que lhe é apresentado.

O teatro épico mostra ao público que aquilo que é visto no palco é encenação, teatro e não uma cópia, necessariamente fiel, da realidade que vivemos no dia-dia, dispensando dramas psicológicos dependentes de relações inter-humanas individuais. Incita seu público, não a anestesiar-se num mero entretenimento oriundo de identificação emocional, mas sim à descoberta de amplas visões representadas em meio à questões e contextos do toda uma sociedade. Uma expressão artística de função social. O ator épico relaciona-se livremente com a platéia, inclusive expondo seu próprio ponto de vista, transitando entre representar sua “máscara”, seu personagem e dialogar com o espectador.

De maneira breve, brevíssima pode-se iniciar um belo e longo diálogo, acerca dessa estética tão crescente e estudada na história do teatro no mundo, a partir destes sintéticos conceitos sobre Bertold Brecht e o teatro épico.

Felipe Cirilo.

Entorpecente Ator Pensante!

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

Vamos ver o quanto felizes somos!
Vejamos os filhos que criamos
E os que criaram...
Nós
Amarras no sistema
Um sistema em nossas cordas



Talvez haja cordas demais
Para uma única

BRINCADEIRA

De criança
A corda que pulamos é o paço que não damos!



Na amarelinha de crescer...
Evoluir
Na vida
Passamos ou estamos?



***********************Está com você!!!
***************************************Ha - Haaa!!

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O Palco Indica:


Bertold Brecht no Renaissance, carros do ano e a alta sociedade a caminho de um espetáculo pronto a "criti 'cá-la' ".

Ricos, comerciantes, pobres... O leque de personagens apresentado em "A Alma boa de Setsuan" é bastante variado. As situações em que se encontram cada um dos personagens também têm seu "gestos". Como aprendemos com Bertold o gestos não é apenas o gesto movimento físico, mas um contexto que tem uma função que, na "Alma Boa..." é social.

O texto foi bem preservado nesta rica montagem, porém deu-se maior ênfase à faceta cômica do texto Brechtiano, tempos cômicos e tensão de certa forma arrancavam risos e gargalhadas da platéia de burgueses alegres do Cerqueira César, o brincante que voz fala espera que as gargalhadas não tenham iludido e desviado a atenção dos não-proletariados paulistanos daquilo que realmente é transmitido, neste texto alemão do ano de 1941, que é uma mensagem universal e bastante atual:

Como ser bom?

Este é o fio condutor mote de todas as enrrascadas em que se enfia a ex-prostituta Chen Tê (Denise Fraga).

Ao redor da personagem estão todos os tipos posíveis da sociedade em qualquer que seja o país, e ali todos tentam se dar bem. Pobres tentam ganhar com faucatruas em cima de ricos, ricos colocam-se comandantes de tudo e de todos em função do dinheiro que têm, a autoridade policial, cujo personagem é ótimamente representado por Marcos Cesana, esquiva-se de qualquer responsabilidade e teme o trabalho. Denise desempenha muito bem dois personagens no espetáculo, impôe com grandeza o primo Chui Ta, levando-o com vigor até o fim.

Cenográficamente o espetáculo, dirigido por Marco Antonio Braz, é espetacular. Num algo que me lembra a malícia das soluções cenográficas/cênicas do teatro popular, o próprio elenco manipula seus "camarins de rodinhas" que se transformam em praticamente tudo em cena abrindo o espetáculo com a representativíssima Muralha da China (vibrei neste momento).

O desenlaçe deste texto Brechtiano de conflitos, diria eu que não acontece de total maneira, já que essa é uma forte característica do teatro épico. (Acalmem-se, não contarei aqui o fim do espetáculo). A platéia sai reflexiva do teatro.

É, Brecht nos faz pensar mesmo. Que Bom!

"Tentei fazer meu melhor, mas estendo-lhes a mão e me querem arrancar o braço!"

(Chen Tê)

Brincante Felipe Cirilo.

Serviço:
Local:

Teatro Renaissance
Preço(s):
R$ 60,00 (sexta e domingo) a R$ 80,00 (sábado).
Data(s):
Até 1º de março de 2009.
Horário(s):
Sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 19h.

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras

CONPANHIA DO LATÃO É SEMPRE REFERÊNCIA DE UMA BOA REFERÊNCIA.


Berliner mostra a SP o Hitler "popstar"
Por Nelson de Sá, Folha de São Paulo, Ilustrada,10 de outubro de 1997.

O ator Martin Wuttke e o assistente de direção Stephan Suschke falam à Folha dos novos rumos da companhia de Brecht; hoje é o último dia do espetáculo na cidade

Localizado a poucas quadras do que foi o muro de Berlim, na Alemanha, o Berliner Ensemble, criado por Bertolt Brecht em 49, foi a maior referência do teatro político na segunda metade do século.A queda do muro em 89 abriu uma crise de referências no próprio grupo, bem como no mundo. A morte de Heiner Müller em 95, remanescente do início brechtiano, fechou de vez o ciclo.O ator Martin Wuttke, 34, e o diretor-geral Stephan Suschke, 39, lideram hoje a companhia.

Em entrevista, falam dos possíveis novos caminhos para o teatro político e da montagem de "A Resistível Ascensão de Arturo Ui", que estreou dois anos atrás e é o maior sucesso da companhia nos anos 90.
Escrita por Brecht (1898-1956) e dirigida por Müller (1929-95), com Wuttke como protagonista e Suschke como assistente de direção, "Arturo Ui" é uma parábola da ascensão de Hitler, relacionado a um gângster de Chicago.A peça faz hoje às 20h, no teatro Sesc Anchieta, a segunda e última apresentação em São Paulo. É a primeira vez que o Berliner Ensemble se apresenta no Brasil.

*Folha - Vocês nasceram na ex-Alemanha Oriental? E vocês se diriam socialistas, ou verdes?

Martin Wuttke - Eu sou alemão-ocidental e nunca fui membro de um partido, nem serei. E dar a voz significa perder a voz. Como na Alemanha o voto não é obrigatório, eu não dou meu voto. (É um trocadilho de Wuttke: "voz" e "voto", em alemão, são expressos com o mesmo termo.)

Stephan Suschke - Eu também nunca fiz parte de partido, nem pretendo. Evidentemente, trabalhando anos no Berliner, eu me autodescreveria como tendo uma consciência de esquerda. Mas a história dos últimos 50 anos mostrou que as boas intenções, quando instrumentalizadas por partido, acabam sufocadas, morrem.

Folha - "Arturo Ui" é a peça de maior sucesso do Berliner Ensemble depois da queda do muro. Ela reflete de alguma forma as exigências da Alemanha reunificada?

Suschke - Talvez o contrário, talvez seja um sucesso porque não responde à situação atual.
Wuttke - O que a peça descreve não tem ligação direta com os problemas da Alemanha reunificada. Mas há dois aspectos da encenação que dizem respeito à atualidade. Um é o efeito "popstar" na política, que é mostrado permanentemente, e o outro é que ela corresponde à sensação generalizada, em toda parte, de que há uma relação entre política e criminalidade.

Folha - A peça apontaria assim a atualidade de Brecht?

Suschke - Na Europa, até alguns anos atrás, poderia se pôr em dúvida a atualidade de Brecht. Mas mesmo na Alemanha, nos últimos tempos, as peças estão ganhando atualidade, relevância bem maior. A sociedade se move em ondas, em movimentos circulares, e as peças voltam a ganhar atualidade na mesma medida em que a sociedade evolui. E hoje os efeitos das montagens na Alemanha são de uma espécie diferente. Alguns são políticos, mas outros são efeitos que antes nem seriam imagináveis.

Folha - Vocês já disseram que o Berliner precisa de uma redefinição política, do que seria o teatro político depois da queda do muro. Já têm hipóteses de trabalho?

Wuttke - É difícil dizer se eu já tenho uma redefinição do teatro político. Basicamente, a questão é se o teatro ainda pode assumir uma função, digamos, revolucionária, ou se hoje o teatro tem que, forçosamente, assumir um papel dentro do Estado, e portanto de sustentáculo do Estado. Por exemplo, se o teatro tem o poder de se transformar em advogado de determinadas pessoas privadas de sua liberdade, ou se tem que renunciar a isso e assumir os próprios privilégios, como o de poder viajar às custas do Estado.

Folha - Um exemplo oposto?

Wuttke - Uma das tarefas políticas a que o teatro poderia se dedicar, se ele se considerasse teatro político, seria encontrar algo assim como o tão falado terceiro caminho. Depois da queda do muro, tudo o que antes era rotulado de esquerda entrou em descrédito na nova Alemanha unificada. Na verdade, a queda do muro significou o triunfo de um poder. O capitalismo venceu o socialismo, e com isso muitas das conquistas do socialismo se perderam, tanto na área política como na intelectual. E muitas forças intelectuais da ex-Alemanha Ocidental também perderam o ímpeto. Uma tarefa política possível, para um conjunto como o Berliner Ensemble, seria descrever essa situação política da Alemanha a partir de uma nova perspectiva. Encontrar um novo ponto de vista político para descrever a situação presente.

Folha - Suschke diz que o efeito de distanciamento pode ser resumido dizendo que os personagens bons, para serem interessantes, devem ter aspectos positivos. Quais são os aspectos positivos que você trabalhou no Arturo Ui?

Wuttke - Aspectos positivos? (risos) É fácil. Arturo Ui é um personagem fascinante. E o que eu busco mostrar nas apresentações é que nós podemos e queremos segui-lo, porque exerce um forte fascínio. É um bom "entertainer".

Suschke - É a grande diferença entre a política e a Igreja Católica. (risos) Na Igreja, você não precisa ser um bom "entertainer" para ser líder. (risos) Na política é preciso ser um bom "entertainer".

Wuttke - Na Igreja Católica, a encenação já é muito forte. Os atores não precisam ser tão bons.Suschke - Por isso é uma especial alegria chegar ao Brasil imediatamente depois do papa. (risos)

Folha - A cena em que um ator ensina Arturo Ui a se comportar foi inspirada num ator de Munique que ensinou Hitler. O que exatamente ele ensinou a Hitler?

Wuttke - Não há detalhes a respeito. O que existe são as fotos de Hitler, em que assume diferentes poses. Mas não se sabe como foi este, digamos, curso. O que a gente vê, ao longo dos cinejornais nos quais ele aparece, é que tinha uma linguagem corporal, com movimentos estilizados que se repetiam, e que eu assumo na atuação. Para mim foi importante verificar que o modo de Hitler se apresentar diante do público era além de natural. Ele praticamente não tinha uma forma natural de agir. Tudo o que vemos dele é algo que criou para si mesmo. E ele se ocupava permanentemente em verificar as impressões que causava nos outros, com seu jeito de falar, sua atitude corporal. Por exemplo, ao vestir um fraque, ao se movimentar em meio a empresários.

Suschke - Ele tinha um conceito de marketing de sua própria figura semelhante ao dos "popstars". Podemos dizer que ele foi o primeiro "popstar" do mundo.

Folha - Como um ator tão artificial, ou tão antinaturalista, conseguia tamanha identificação?

Wuttke - Por que um personagem como Michael Jackson tem o efeito que tem sobre o público, sendo que toda a sua movimentação, sua aparência, é artificial? As pessoas realmente choram, ficam comovidas. É justamente por causa da sua artificialidade. Numa cerimônia de casamento numa igreja, o que emociona as pessoas que assistem é a formalização. É a antinaturalidade que causa o efeito mais profundo sobre o público.

Suschke - É justamente o caráter estranho que esses personagens têm que lhes dá uma espécie de divindade. Hitler, a partir do momento em que ingressou na política, se auto-elaborou como personagem. Ele escreveu a sua autobiografia mudando detalhes do seu passado, inclusive, depois, mandando matar pessoas que pudessem dar testemunho contrário ao que tinha escrito. Ele foi o artífice de sua própria figura. Aliás, ele pretendeu ser um artista. Pena que não conseguiu o ingresso na academia de artes de Viena. Ele amava Wagner, e amava o conceito da obra de arte integral.
E pode-se dizer até que ele via a si mesmo como uma obra de arte integral.


(FONTE: HTTP://WWW.COMPANHIADOLATAO.COM.BR)

Informe:

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INTERDITADO!!
(CÊNICAMENTE)
(POR TEMPO ALHEIO A LÓGICA...
DO TEMPO)


T eatralidades Literárias.
E é assim que o espírito Revolutivo Brincante, aqui, se fará presente e vivo.
I deologia em desenvolvimento teórico.
M assa de bolo na batedeira.
E batendo...

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A todos aqueles que já presenciaram as manifestações teatrais do Palco de Brincadeiras, seja desde o "Brin-cadeiras Cegas" até "A Pedra Negra da Frígia", informamos que nosso processo de arte atuante em cima de um palco, seja ele italiano, arena, semi-arena ou afins, está em fase de manutenção. O que não significa que trabalharemos com teatro de rua... (infelizmente) portanto, não animem-se (como eu o faria, por exemplo).
Agradecemos o carinho de todos aqueles que tem o interesse em informar-se a respeito do trabalho do Guarulhense grupo, como por exemplo você que está agora a ler estas brincantes palavras aqui na nosso blog, a não ser que tenhas apenas procurado no google por "brincadeiras de fim de ano" o por engano veio parar aqui.
...
Literário - internéticamente procuraremos manter nossos pontos de vista, e campos de vista também, o que seria algo mais amplo, sempre expostos a quem a curiosidade atacar curiosamente.
...
Informamos, também, que cada um dos brincantes do Palco continua em atividade teatral, tal qual vulcões em ebulição no meio do Mediterrâneo, as quais sempre serão aqui divulgadas.
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Pondo fogo, ou apenas juntando lenha, o Palco de Brincadeiras TEM algo a dizer,
pois a sociedade quase já não é social, a política ja não é pela pólis e a arte nunca foi tão contêmporânea quanto nos dias de HOJE.
...
Confuso?
...
Sim!!
...
E como poderia não ser?
Já que ninguém sabe qual é o sentido da vida!
Conheces a contra-mão?
Ou seria bairro-centro?
...
Já que é quase impossível entender o porque dos centros das cidades serem tão vazios a noite, sendo que sempre dizem que a periferia é violenta!
Violento é encontrar-se cercado das possibilidades de diferentes violências!
Verbal
Moral
Física
...
...
...
Matemática... não há violência mais poeticamente cruel que esta.
...
...
...
O Fogo no Mendigo continua a queimar e os bombeiros ainda lustram seus cuturnos engraxados.
Mais lustrosos que os dos soldados de outras "militâncias"
...
Fujam para o centro!
Corram para o bairro!
...
O sentido da vida pouco importa e quem mais importa são os chineses.
Daqui a pouco nossa terra vira uma calçada da 25 de março ao meio-dia.
Mas, paremos por aqui se não isso vira a declamação do fim dos tempos e isso seria exagero.
Por que ainda nos restam, em atividade, as palavras.
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Enquanto o Palco ainda Brinca de pedinte...
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...
Obrigado...
e Merda!
,,,
...........................................................................................................................................(junta lenha!)

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III Festival de Teatro Vocacional

Galeria Olido e outros Teatros por São Paulo.

Entrada Franca.

Programação Completa:

http://www.decsp.org/portal/index.php?view=categoryevents&id=2%3Aiii-fest-teatro-vocacional&option=com_eventlist&Itemid=221

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" 'O PROCESSO' Do Palco" ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::


Começam aqui as publicações das
pesquisas do estudo em processo de criação da
montagem em desenvolvimento e probabilidades cênicas
para o texto:
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"SR. PUNTILLA E SEU CRIADO MATTI"
de Bertold Brecht.

O objetivo de fazê-las de forma a que todos venham a conhecer o processo, parte do princípio das "mani-fest-ações públicas"

Mani-fest-ações Públicas - Manias, festas e acões da sociedade, mais específicamente do> pú.bli.co adj (latin publicu) 1 Pertencente ou relativo a um povo ou ao povo. 2 Que serve para uso de todos. 3 A que todos têm o direito de assistir. 4 Comum. 5 Que diz respeito ao governo-geral do país e suas relações com os cidadãos. 6 Que se faz diante de todos. 7 Que é conhecido de todos; notório, vulgar. 8 Universalmente espalhado. Sup abs sint: publicíssimo. sm 1 O povo em geral. 2 Grupo de pessoas reunidas para assistir a uma cerimônia, a um comício, a um espetáculo (ó nóis aqui!) etc.; assistência, auditório. 3 Sociol Agrupamento amorfo, elementar e espontâneo que se empenha para chegar, através da discussão de um problema de interesse comum, a uma decisão uniforme.

As idéias brincantes aqui apresentadas vêm daquilo que se vê nas ruas, avenidas, escolas, bares, botecos, cinemas, teatros, jornais, centros culturais, secretarias, câmaras de deputados, mi casa, su casa e afins...

Enfim, já que é sobre nós... que saibamos todos!!

Se discordas, berre também, ou seja, comente. Seu ponto de vista é importante contribuição para nós.

A iniciativa pressupôe futuramente ensaios-abertos das cenas conforme forem sendo criadas, acompanhe as próximas postagens.

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Publicação 1#------------------------------------------------------------------------Brincantes ainda nas escolhas com relação ao texto


"Canevas..."


...é uma estrutura teatral muito simples, que vem desde o século xv aproximadamente.
Era um caderno onde aparecia no princípio o nome das personagens, ficando-se a conhecer praticamente o conteúdo. Estas estruturas tinham particularidade de descrever as situações e indicar as personagens intervenientes nelas. Os diálogos eram esboçados e cabia aos atores através da improvisação completar e desenvolver os mesmos.
No inicio da sua aparição, o "Canevas" era recriado por "Trupes", companhias ambulantes, que andavam de terra em terra em carroças e o povo era o seu público alvo.
Tinham grande capacidade naquilo que faziam.
O "Canevas" constitui a base dramática da Commedia del 'Arte.
A improvisação é uma opção!
Continua...
"O PROCESSO"

Posted by Cia Teatral Palco de Brincadeiras


CRIANÇA CRIANDO CRIANÇANDO

....O vento cata o vento que me cata
O fio condutor cria, brinca, pipa
As mãos sobrepõe-se divinamente coloridas
Os desenhos as cores o céu
As fraldas as almas as lombrigas as fezes os intestinos a missão
Os corações em alto relevo o caixão o amor em alto relevo a dor também
As cores os quadradinhos
A borboleta feito um osso pélvico
Os quadrados feito base de construção.......


Referente a Mostra de Artes das Crianças de Guarulhos no Adamastor Centro.
Angela Gonçalves, ago/set 2008

Pequeno Glossário Teatral

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A

Agon-
termo da Comédia antiga (Aristófanes)para designar o diálogo central de um conflito entre inimigos. Hoje o termo é mais lato referindo-se ao ponto central de uma história ,ao coração de um drama.

Antagonista-
Personagem em oposição ou em conflito. O caracter antagonista do universo teatral é um dos princípios essenciais da forma dramática.

Anti-herói-
Personagem principal que não corresponde ás características ou aos valores do herói tradicional.

Antiteatro-
Termo geral que designa uma dramaturgia e um estilo de jogo dramático que nega todos os princípios da ilusão teatral. O termo aparece nos anos cinquenta , nos começos do teatro do absurdo.

Antonomasia-
Figura de estilo que substitui o nome de um personagem por uma perífrase ou por um nome comum que o caracteriza.( O homem da coragem ao vento- D.Quixote)

Aparte-
Palavra ou expressão que o actor diz á parte para si, mas de maneira a entender-se no público.Aforismo- Fórmula resumida que define um saber científico ou moral.

Arquétipo-
Personagem que se assume como modelo mítico do imaginário de um povo Que está acima de um modelo real.

Argumento-
Resumo da história da peça que leva à cena. Pode-se falar igualmente de um argumento de ballet

Arlequinada –
Peça com ou sem palavras que tem o Arlequim por personagem central.

Assonância-
Repetição do mesmo som, especialmente da vogal acentuada no fim de cada verso (bela e tela)

Attente-
Atitude de espectativa do público quando actua em antecipação à conclusão e há resolução final dos conflitos.

Advertência-
texto marginal do autor dramático quando se dirige ao leitor para o advertir das suas intenções, para precisar as circunstâncias do seu trabalho, analisar a sua obra .

B

Barroco-
Diz-se de um estilo caracterizado pela liberdade de formas e a profusão de ornamentos

Burlesco- forma cómica exagerada e de paródia, empregando expressões triviais para travestir personagens e situações heróicas; a epopeia burlesca aparece em França no século XVIII. No seculo XX, o burlesco encontra a sua perfeita expressão em certos filmes cómicos (ex:Charlie Chaplin, Buster Keaton) e nos espectáculos de “music-hall”.

C

Canevas-
Resumo ou “cenário” de uma peça para as improvisações de actores, em particular os da Comedia dell’arte.

Carácter-
Traço próprio a uma pessoa que a permite distinguir dos outros. Conjunto de traços físicos, psicológicos e morais de um personagem. Pessoa ou personagem considerada na sua individualidade, originalidade, nas suas qualidades morais. Os caracteres constituem, segundo Ariosto, um dos seis elementos da tragédia, com o canto, elocução(estilo do discurso), a fábula, o pensamento e o espectáculo.

Carnavalisação-
Transformação espectacular de um evento por um reverso total de situações habituais, do sério para o cómico.

Catastrofe-
Da tragédia grega, última das quatro partes da obra, onde o herói recebe a sua punição, geralmente funesta.

Catharsis.
Efeito de purgação das paixões produzido sobre os espectadores numa representação dramática não distanciada.

Canto-
Do teatro grego, termo para designar o texto poético de coro. No teatro de Brecht aplicava-se também o canto embora com intenção parcialmente diferente.

Cena –
Termo designando o espaço de actuação Parte ou divisão de um acto onde não está previsto nenhuma mudança de personagens.

Cenografia –
Arte da organização do espaço teatral. Conjunto de elementos (tela pintadas, praticáveis, mobiliário...) que determinam este espaço.

Coreografia-
termo, vindo do teatro grego que designava a arte de dirigir os coros, utilizada depois no começo do século XVIII , para designar a arte de compor as danças e de regular as figuras e os passos. Hoje em dia utiliza-se este termo para designar a encenação do teatro gestual e mesmo do ballet.

Coro-
Grupo- ou grupos alternados- encarregados de intervir colectivamente, por meio do canto, da dança e o recitativo, dentro do “quadro” de um ritual ou de um espectáculo. No teatro grego, a intervenção dos coreutas, dirigido por um corifeu, dá-se o nome de “Choreia”.

Comédia-
Acção cénica que provoca o riso pela situação das personagens ou pela utilização de trejeitos e dos caracteres, cujo desfecho é feliz.

Comédia musical-
Comédia ou intriga, pouco restrita, que serve de pretexto a uma série de canções e de danças. Um bom exemplo é a comédia musical “Hair” composta em 1967.

Comédia dell’arte-
Género de comédia na qual, o “scenário” ou “canevas” servia apenas de regra para a improvisação dos actores. Este género existiu entre os séculos XVI a XVIII ,iniciou-se em Veneza ,em Itália e estendeu-se por toda a Europa.

Conotação-
Conjunto de valores subjectivos variáveis de uma palavra.Consola- Aparelho de controle das luzes e do som.

Contexto-
Conjunto de circunstâncias que rodeiam a emissão do texto linguístico e/ ou da sua representação, circunstâncias que facilitam ou permitem a sua compreensão.

Contraponto-
Série de linhas temáticas ou de intrigas paralelas que se correspondem num princípio de contraste.

Convenção teatral-
Conjunto de pressupostos ideológicos e estéticos, explícitos ou não, que permitem ao publico receber correctamente a peça; por exemplo: a Quarta parede do palco, os apartes dos actores , o uso de um coro, o uso de objectos com outras funções; o próprio palco como espaço de ficção.

Corifeu-
Chefe do coro, no teatro grego.

D

Diálogo –
Conversa entre dois personagens. Encaixe de palavras trocadas pelas personagens de uma peça de teatro.

Dialogismo –
caracter dialogado de um texto não teatral (ex: processo verbal de um interrogatório, troca de palavras numa récita, etc)Num sentido largo, o termo designa a estrutura de toda a ficção fundada sobre um conflito entre duas polaridades.

Didascal –
Nome dado na Grécia àquele que ensinava uma arte, nomeadamente a arte dramática.

Didascália –
Instrução do Didascal aos seus intérpretes. Diz-se das indicações cénicas dadas fora do texto, separadas das réplicas.

Diegese –Imitação de um evento em palavras, que contam uma história sem representação dos personagens.

Distanciação –Efeito teatral pelo qual o actor ou o encenador tentam evitar a identificação a um personagem ou a uma situação em particular. Efeito obtido por diversos processos de recuo, como “dirigir-se ao público”, a fabula épica, utilização de gestos sociais, as canções, técnicas de luz, etc.


Distribuição –
Repartição dos papéis.

Dithyrambo –
Cântico lírico à glória de Dionisios donde nasceu a tragédia.

Docudrama –
(teatro documental) peça que utiliza por texto documentos autênticos sobre determinado evento.

Dramaticidade –
Caracter do que é dramático; qualidade de um texto, de um espaço ou de um acontecimento que são susceptíveis de se porem em cena.

Dramatis personae –
Personagens ou protagonistas cujos nomes figuram no genérico de uma peça

Dramaturgo –
Autor de um texto dramático.

Dramaturgia –
Arte da composição de peças de teatro. Técnica ou poética da arte dramática que procura estabelecer os princípios da construção da obra.

Dramaturgista –
Especialista de dramaturgia. Muitas vezes assistente do encenador, está encarregado de diversas questões relativas ao texto (reportório, adaptação de peças, redacção, documentação...)Dizemos geralmente que é um conselheiro dramaturgico.

Drama –
Acção cénica representada por personagens.

E

Escrita dramática-
Estrutura literária que se funda sobre alguns princípios dramaturgicos: separação de papéis, diálogos, tensão dramática, acção dos personagens.

Escrita cénica –
Maneira de utilizar o aparelho teatral para pôr em cena os personagens, o lugar e a acção que se desenrolam.

Espectáculo –
aquilo que se oferece ao olhar(performance ou representação). Um dos seis elementos da tragédia de Aristóteles.

Efeito de destaque-
Pôr em primeiro plano um fenómeno fazendo realçar a estrutura artística da mensagem.

Encenação –
Conjunto de meios de interpretação cénica (cenografia, musica, jogo, etc....);actividade que consiste em conjugar estes meios. Articulação entre o trabalho de criador e coordenador de uma equipa de artistas; transposição de uma escrita dramática numa escrita cénica.

Epílogo –
Discurso recitativo no fim de uma peça.

Épico –
Diz-se de uma fábula tirada da vida dos homens, é engrandecida e tratada de tal maneira, nomeadamente por ajustes ideológicos, que é impossível para o espectador de se identificar com o herói ou com a situação.

Episódios -
Capítulos da tragédia grega entre o prólogo e o êxodo e entre as intervenções cantadas e dançadas do coro.

Espaço dramático –
Construção imaginária, pelo leitor e espectador, da estrutura espacial de um drama.

Espaço cénico –
Espaço proposto sobre a “cena” pelo cenógrafo e seus colaboradores.

Estética –
Filosofia do belo. O seu objecto é o bom e a verdade. Estudo que se dedica a definir os critérios de julgamento em matéria de poesia e arte.

Êxodo –
Canto coral de saída.

Exposição – Informações fornecidas nas primeiras cenas para permitir quea situação evolua e a acção desenvolva.

F

Fábula –
Conjunto de factos que constituem o elemento narrativo de uma obra. Um dos seis elementos da tragédia ,segundo Aristóteles, com os caracteres, o canto, a elocução, o pensamento e o espectáculo.

Farsa –
Comédia trivial muitas vezes caracterizada por uma série de enganos e que terminava muitas vezes com pancadaria.

Fatalidade –
Força sobrenatural pela qual tudo o que acontece (sobretudo desagradável) é predestinado e determina todos os acontecimentos de uma maneira inevitável. A fatalidade é o motor da tragédia grega.

Ficção –
Forma do discurso que faz referencia a um universo conhecido. Mas através de pessoas e eventos imaginários.

Focalização –
Acção de pôr em evidência, de fazer convergir num determinado ponto.

Fora do texto –
Termo para designar o contexto e intertexto.

Fresnelle –
Projector cujo poder de iluminar é aumentado por uma lente graduada.

G

Grotesco –
Cómico caricatural, de tipo bizarro, burlesco ou fantástico, por vezes absurdo ou irreal.

H

Happening –
Espectáculo que exige a participação ou prevê uma reacção do público, e que procura provocar uma criação artística espontânea, eventualmente colectiva.

Herói –
Tipo de personagem dotado de poderes fora de comum e que pode “levantar-se” a favor ou contra a Cidade (Grécia). Personagem principal de uma obra.

I

Ícon –
Sinal visual que sugere um determinado objecto em virtude do carácter e qualidades que ele possui.

Identificação –
Trabalho do actor e do espectador para adoptar as atitudes e os sentimentos de um personagem num dado contexto teatral.

Ilusão –
Fenómeno que faz que tomemos a ficção por real e verdadeira.

Inspiração –
Teoria platónica segundo a qual, no momento da criação, o pensamento de um poeta, é trocado por um estado perto da demência que faz o actor parecer um Deus.

Intertexto –
Conjunto de fragmentos citados num dado corpus;Relação de ordem textual resultante de estar em presença de dois ou mais discursos de arte ou de escrita.

Intertextualidade –
Fenómeno segundo o qual um texto parece situar-se na junção de diversos discursos.Intriga – Conjunto de acontecimentos que constituem o “motor” da peça. Série de entracelamento de conflitos ou de obstáculos postos numa obra com vista a serem ultrapassados..

J

Jogo –
Em teatro, o termo designa tanto uma forma de representação medieval como unidade disciplinar no ensino das artes de cena( jogo dramático) , e ainda as modalidades de interpretação de um actor (jogo realista, jogo distanciado, etc.).

K

Kabuki –
Forma tradicional do teatro japonês, exclusivamente masculino, caracterizado pela violência das intrigas e a sumptuosidade do guarda-roupa e maquilagens. A gestualidade ,que exprime muitas vezes os sentimentos humanos pela dança, sobrepõem-se geralmente sobre o texto inaudível de histórias bem conhecidas.

L

Lazzi –
Elemento mímico ou improvisação do actor que serve para caracterizar comicamente um personagem.

Leitura –
No teatro: Decifração e interpretação dos diferentes sistemas cénicos que se oferecem à percepção do leitor(texto dramático) ou espectador (texto cénico). A leitura pode ser horizontal ou vertical. Ler um texto, é estabelecer os laços entre as variáveis produtoras de sentido e importar os elementos imperativos susceptíveis de tecer um texto dentro de um texto.

Literalidade –
Caracter de um texto considerado como obra literária.

M

Melodrama –
Drama popular, muitas vezes acompanhado por melodia, caracterizado pela inverosimilhança da intriga e das situações, a multiplicidade de episódios violentos é outra das características.

Mimica –
Num primeiro sentido, imitação directa de uma acção, contando uma história por gestos. Hoje em dia a Mímica distingue-se da pantomima essencialmente por se libertar, como a dança, de grandes figurações e de referencias para se especializar na criação de formas novas, por vezes abstractas.

Mimodrama –
Acção dramática representada em pantomima ou linguagem corporal.

Monodrama –
Drama cujos personagens são apresentados do ponto de vista de um só.

Monólogo –
Cena falada apenas por um personagem; discurso aparentemente dirigido a ele mesmo, ou a um auditório do qual não se espera resposta. Na análise do discurso teatral, é considerado como uma variedade do diálogo.

Montagem –
Diz-se de uma colagem de textos e por vezes da encenação; ou realização material da encenação.

Motivo –
Imagem visual ou sonora, modulada ou repetida, que faz parte de um tema. Unidade indissociável da intriga, que constitui uma unidade autónoma da acção.Musica de cena - Contribuição musical de um texto cénico, que anuncia ou sublinha uma emoção, ou para acompanhar uma acção ou um texto, ou mesmo substituir completamente um texto dramático.

Mistério –
Acção cénica de ordem religiosa- egípcia, grega, medieval – e principalmente dedicada à vida dos deuses na terra.

N

Naturalismo –
Representação realista de Natureza ou do natural.

Nô –
Drama lírico japonês(mimado, cantado e dançado, com coros e instrumentos), executado no teatro, com guarda-roupa e máscaras, sem cenário. Compreende secções de prosa (kotoba) e de poesia (utai). Inspira-se geralmente em lendas e contos antigos do Japão, onde os seus actores são o shité e o waki, o segundo é uma espécie de duplo do primeiro.

O

Objectivo e Superobjectivo –
Motivações que, segundo C. Stanislavski, estruturam a estratégia global de um personagem

.Ópera –
Drama lírico, inteiramente cantado, realizado num Teatro com cenários e guarda-roupa.

Ópereta –
Comédia lírica, constituída de cantos e diálogos ou pantomimas alternadas com cenários e guarda-roupa.

P

Papel –
Conjunto de indicações de acções de um personagem; é a vida de um personagem; Conjunto de réplicas de um personagem.

Parada –
Forma de intervenção teatral que se faz à porta das salas de espectáculo, para angariar publico.

Parateatro –
diz-se das formas paralelas do teatro.Paródia – Peça ou fragmento dela do género burlesco que se transveste uma obra maior.

Patético –
Modo de recepção de um espectáculo que provoca a compaixão

Pathos –
Emoção ou paixão, amplificada ou simulada, susceptível, por técnicas específicas do teatro, de suscitar ou manipular no publico sentimentos naturais de piedade ou de terror, com vista a provocar a catharsis.

Performance –
Expressão artística de unidade variável que consiste em produzir determinados eventos por meio de gestos e acções sem contar qualquer história .

Praxis –
Acção dos personagens, acção que se manifesta na cadeia de acontecimentos ou fábula.

Prólogo –
Parte da peça que nos gregos precede a entrada do coro.

Proscenium –
Parte anterior do palco.Psicodrama – Técnica de investigação psicológica que procura analisar os conflitos interiores em fazendo jogar um quadro improvisado a partir de quaisquer dados.

Q

Quadro –
Divisão de um texto dramático ou cénico, fundado sobre uma mudança do espaço ou do espaço-tempo. Constitui uma alternativa à cena ou ao acto. Bertolt Brecht revalorizou es tipo de divisão.

Quarto muro –
No teatro naturalista: muro imaginário que separa a cena da sala.

Quiproquo –
Situação de engano que faz prender um personagem – ou uma coisa – a outra.

R

Realismo –
Concepção da arte e da literatura, segundo a qual não se deve procurar idealizar o real ou mesmo depurá-lo.

Récita –
Fábula. Discurso de um personagem narrando um acontecimento que se produz fora de cena.

Recitativo –
Na Ópera ou na cantata, parte declamada – não cantada - cujo ritmo e métrica difere do canto ou da música que a precedem ou a seguem.

Repertório –
Conjunto de peças realizadas por uma companhia teatral; conjunto de peças do mesmo estilo ou de uma mesma época; conjunto de papéis que um actor já interpretou e que fazem parte do seu curriculum.

Réplica –
Resposta a um discurso; texto dito por um personagem no decurso de um diálogo.

Retórica –
Termo empregado para designar a arte de persuadir, a lista de figuras de estilo e de juízos de escola num discurso artístico e literário.

S

Sátira –
Género teatral de origem grega; Discurso que ataca alguém ou qualquer coisa, gozando isso.

Signo –
A mais pequena unidade de sentido, proveniente da combinação de um significado e significante.

Situação dramática –
Conjunto de dados textuais e cénicos cujo conhecimento é indispensável para a compreensão do texto e da acção.

Sociodrama –
Técnica inspirada da criação colectiva teatral e empregada na terapia de grupo.

Solilóquio –
Discurso de um pessoa que fala para si mesma; monólogo interior. Discurso de uma pessoa que, em companhia, está apenas a falar para si mesma.

Song –
Intervenção coral, no teatro brechtiano.

Subtexto –
Aquilo que não se diz explicitamente no texto dramático, mas que ressalta da interpretação do actor.

Sublime –
Categoria estética que designa um sentimento que faz “sair” aquele que experimenta os limites habituais da sua percepção do belo, para o conduzir em direcção à grandiosidade ou ao horror.

Suspense –
Momento ou passagem que faz nascer um grande sentimento de angústia ou de dúvida; caracter daquilo que é susceptível de provocar este sentimento.

Simbolismo –
Movimento artístico e literário que, em reacção ao Naturalismo, se esforça de fundar a arte sobre uma visão espiritual do mundo, traduzida por meios de expressão metafóricos ou poéticos.

T

Texto dramático –
Escrito onde a teatralidade é explicitamente inscrita.

Texto cénico –
Produto da encenação, que foi produzido ou não por um texto dramático.

Teatralidade –
Caracter do que é teatral; pela qual um escrito, um espaço ou um evento se definissem como configuração de elementos estilísticos e de valores diferenciados (guarda-roupa, personagens, adereços, etc...), regras, implicitamente ou explicitamente, por leis do sistema teatral. Pode-se falar da teatralidade de um evento judiciário, de um lugar sagrado, de uma máscara primitiva...

Tragédia –
Acção cénica cujas peripécias são dirigidas por uma fatalidade e cujo desfecho é sempre funesto.

U

Unidade de acção –
caracter de uma peça do qual a matéria narrativa se organiza á volta de uma fábula principal á qual as intrigas anexas são logicamente ligadas.

Unidade de lugar –
Carácter de uma peça segundo a qual se organiza à volta de um e mesmo espaço.

Unidade de tempo -
Carácter de uma peça cuja acção se organiza no mesmo tempo de acção.

V

Variedades –
Espectáculo que apresenta diversas atracções (canções, danças ,etc...).

Verosimilhança -
Carácter pela qual as acções, os personagens e os ligares representados são percepcionados pelo publico com uma imitação da realidade e não como uma realidade verdadeira ou sobrenatural.

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BOTARAM FOGO NO MENDIGO....DE NOVO!?!

É meus amigos brincantes, o Herói das nossas (his) estórias épicas mais uma vez foi incendiado... que merda é essa cara... Quem são esses loucos alucianados que botam fogo em gente? Quem são esses bandidos de almas? Quem são?
O que os torna capazes de tal barbárie? O que os torna tão insensíveis? O que os torna tão irracionais?
Maldita seja....eternamente a alma desses infelizes que esquecem que estão no mesmo plano, na mesma carcaça, na mesma matéria e acham que podem fazer o que bem entendem com a carcaça viva e humana, seja os que ateiam fogo em pessoas, sejam os que atiram crianças pelos prédios, sejam os que abusam, violentam e prostituem quem quer que seja.
Como viver e conviver no mesmo mundo que seres brutalmente tão infelizes, tão incapazes, tão imaturos?
Como aceitar, ouvir, esquecer se a história se repete?
Os noticiários, precisam de novas notícias, de novas tragédias, de novos crimes...nós nos acostumamos, nós mal nos abalamos, a não ser quando ele repete, repete e repete como no caso Isabela.
Mas e o resto? Mas e os índios? Mas e os Mendigos? Mas e as mulheres que sofrem de violência doméstica? Mas e as crianças que sofrem abusos sexuais dos próprios pais? Mas e as crianças que vivem nas ruas sendo exploradas, trabalhando para sustentar adultos?

MEU PROTESTO DE INDIGNAÇÃO
Espero que um dia as autoridades tratem todos os bárbaros e delinqüentes como trataram os assassinos de Isabella.

"Morador de rua é queimado no Tatuapé.
Ele está internado em estado grave, com 40% do corpo queimado. Segundo testemunhas, pelo menos duas pessoas participaram do ataque.
Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo

Um morador de rua foi queimado enquanto dormia, em uma calçada no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, na noite de quarta-feira. Dois homens vestidos de preto foram vistos fugindo do local. O que sobrou do cobertor e a comida que ele guardava ficaram pela calçada da Rua Henrique Lindemberg. Um outro morador de rua que também dormia no local, acordou com o barulho. Uma pessoa que passava pelo local chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. O homem, ainda não identificado, sofreu queimaduras em 40% do corpo. Ele está internado em estado grave na UTI do setor de queimados do Hospital do Tatuapé. O caso será investigado pelo 52º Distrito Policial, do Parque São Jorge."
Angela Gonçalves.
Brincante do Palco.

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Vocacional Apresenta



III Encontro Vocacional Apresenta 19/10/08 domingo das 14h às 18h
Tendal da Lapa Rua Constança n.72, Lapa, travessa da Guaicurus, alt.1000,


próx. Estação Ciência e Mercado da Lapa.





O Intérprete do Texto Teatral será o eixo norteador do encontro.


Temas como o mito na criação do roteiro/fábula, o arquétipo na construção da personagem, a ação dramática, o conflito no texto teatral, o teatro contemporâneo e o ator criador serão discutidos e colocados em jogo.




Participe!




Mais informaçôes sobre o Projeto Vocacional no site: http://www.decsp.org/

Oficina de Teatro

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Oficina de Teatro
Maior site de teatro e estudos teatrais do Brasil

Lista de e-mail's

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____________________________________________________________________________Lista:
Deixe-nos teu nome e e-mail como comentário. Assim você pode receber divulgações de espetáculos...
...e informações sobre o grupo.

Cantata

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"Sou a criada desse reino
o Reino de Roma
E vou te contar
la la la la la la la la

Sirvo o rei o dia todo
nunca largo o rodo
E ele com essa cara de bobo

O salário não enche minha barriga
só trabalho por comida
é a velha máxima dos criados de Roma:
Vendo o almoço e também a janta pra comprar o leite das crianças pro café da manhâ no outro dia. Afinal o café da manhã é a refeição mais importante do dia...


e as vezes a única!!"

"A Pedra Negra da Frígia"

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Enchorrada Metafórica

E marteladas______________________________________________Carinhos
de certa forma é violento________________________que aparentam mornos
nao negue o quanto dói___________________você ainda diz que não é bom
tal qual andar num labirinto de paredes que vao se fechando______________

______________________________________são belas máscaras do corpo
e as vezes batem rápido em você_________que são rápidas mas são pra você
e voltam______________________________________________e estão lá
ta tudo a tua volta____________________________é pouco mas é pra você
você se agarra forte no que passa do teu lado_________________________

____________________você tenta ver o lado bom procurando positividades
dizendo eu sou forte e dou conta desse lugar__________________________

______________________diz agora vai dar certo eu conheço quem está aqui

você nem sabe onde está____________________e você nunca ao menos viu

Feche os olhos e corra!_________________________Puxa pelo braço e leva
não vai bater em nada se a intenção é só explodir de força e velocidade_____
____________só vão cair se não confiarem na mão forte que só quer encaixe
desprender a força que você tem _____combinando músculos num movimento
concentrada e equilibrada______________________________empuxo puxo
de tensão_____________________________________________com força
subconscientizada__________________________________semi-flexionada
stressada em instinto_______________________na colaborativa progressão
pânico, síndrome, paranóia___________________________médio, alto, baixo

E dê risadas e sorrisos___________________________Mantenha-se atento
TEM GENTE TE OLHANDO_____CONTRA QUEM POSSA TE MACHUCAR
o tempo todo_______________________________________o tempo todo


(Felipe Cirilo) pôe fogo!

^

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"Pega Mais Essa!"


Você quer 1 ou 2 ?
você está acustumado a querer mais
mais informação mais conhecimento
status
chantilly
como ja dizia Pignatari
você prefere se cobrir
e some
some e suma!
subtraindo a si próprio
você só sabe o quanto
não o quê quer
mas por quê ?
onde ?
como ? _________escrito concreto__:_Felipe Cirilo......................

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Aí está o link para o download da Música "Se Eu Tivesse o Dom e a Magia"


http://www.megaupload.com/?d=M8VVXO4U



Pra viajar na poesia da Angela...
Seja você fada, anjo ou bruxa

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Breve, link's pra que vocês ouçam as músicas aqui "letradas"

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Música:
...."Se Eu tivesse o Dom e a Magia".
...(Angela Gonçalves e Felipe Cirilo)




Se eu tivesse o dom das palavras
E a magia das fadas transformaria minha vida em poesia



Se eu tivesse o dom do compositor
E a magia dos anjos transformaria minha vida em canção


Se eu tivesse o dom do orador

E a magia das bruxas transformaria minha vida em um sarau...





...com fadas, anjos, bruxas e eu...

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Mac 2008.
"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""O Palco de Brincadeiras ficou de fora, mas esteve por dentro.


A Mostra de Artes Cênicas de 2008 foi dividida em duas: Vocacional e Pesquisa, e eu, felizmente tive a oportunidade de assistir a boa parte dos espetáculos apresentados pelos grupos de Pesquisa, no Teatro Padre Bento, de Guarulhos.
Considerando que a arte depende, e bastante, de gosto pessoal, aos meus olhos destacaram-se os espetáculos: “O Circo de Retirantes”, “Nunca Em Los Angeles”, “O Mistério das Meias Vermelhas” e “Anos de Chumbo”.






O grupo Populacho & Piquenique Classe C do Teatro tem uma bela pérola nas mãos. “O Circo de Retirantes”, como diz a sinopse, realmente nos leva a um passeio pela risada e a emoção. Lucas Branco conduz o espetáculo na minha opinião, entretanto, sem roubar a cena. Ele junto com todo o elenco tem um feeling que só sabe quem assiste, e compreende melhor ainda quem conhece essa trupe de artistas orgulhosamente guarulhenses. É uma peça que merece ser vista além das fronteiras dessa cidade.
O espetáculo tem um visual muito bem arranjado pela visão externa do diretor Bruno Benedetti. Atores bem distribuídos em cena e cada um com seus personagens bem definidos e representados. A quebra de diferentes ritmos durante a peça é bastante diversificada, o tempo todo surgem surpresas entre o cômico, o dramático, com suspense ou com suavidade, enfim, não se perde a atenção assistindo a este belo trabalho. E com certeza afirmo: foi a apresentação mais aplaudida dentre as que assisti.






“Nunca Em Los Angeles” foi uma diversão com a Cia É-voras de Artes Cênicas, neste caso, literalmente um passeio. O espetáculo itinerante, arrancou boas gargalhadas da platéia com seu farsesco elenco em cena, pareciam estar em casa no gramado do Teatro Padre Bento. Além de utilizarem bem o espaço, foram criativos também na criação com as cadeiras que carregam durante toda a peça, e das quais fazem bom uso, inclusive musicalmente, pois são instrumentos de percussão em alguns momentos da peça. Acredito que o texto não seja tão condizente com a montagem que traz muitas características do teatro popular, porém é bem absorvido enquanto sátira aos personagens que são “norte-americanizados”. Audaz a direção de Luiz Ventania nesta montagem de rua tão expansiva.





Os Parafernálios e seu “O Mistério das Meias Vermelhas” lembrou-me muito visualmente o espetáculo “As Bastianas”(texto de Gero Camilo, montado pela Cia. São Jorge de Variedades) numa versão reduzida em espaço e em “público alvo”. Foi um infantil que conseguiu, naturalmente, encantar a todos, independente da idade, humor ou gosto musical.
Singelo, bem criativo e junto a toda simpatia do elenco em cena, o espetáculo fez mágica quando, do seu carrinho de instrumentos, acessórios, objetos de cena, trecos e cacarecos, fez um mini-circo ao esticar fitas sugerindo o formato da lona.
Um texto do grupo, musicado com letras do grupo e nitidamente um trabalho de grupo de muito bom gosto, que aponta um futuro certo de grandes criações.
Merecidamente “O Mistério das Meias Vermelhas” ficou entre os três vencedores da MAC 2008. Que incluiu ainda a Trupe de Quintrulhos, com "Antes Eles do Que Eu" e o Grupo LouPT com "Anos de Chumbo".



Parabéns Parafernálios.





Agora, falando como brincante do Palco, identifiquei-me contextualmente com “Anos de Chumbo”.



A adaptação feita por Osvaldo Coelho da tragédia de Édipo, de Sófocles (496 a 406 a.C.), traça um paralelo à ditadura militar vivida no Brasil no início dos anos 70. Um texto, que na minha opinião é arriscado por conter cenas curtas, mas que, ao mesmo tempo pincela informações diretas para a trama, jogo este bem colocado no palco, que aliás surpreendeu com um cenário básico e ao mesmo tempo muito funcional, que deu o clima exato para as cenas. Três tecidos transparantes pendurados, sendo os laterais pretos e o central branco. Algumas cenas aconteceram atrás deles, ora no projetar de uma sombra, ora nuveando cenas de tortura.
A sonoplastia feita da coxia, apesar de poder ser melhor explorada, já é bem pensada junto as cenas. O elenco é bastante jovem e vem trilhando um aprendizado bastante produtivo que vejo há dois anos, desde o infantil “Pluft, o Fantasminha”, são jovens que nos mostram seus frutos em “Anos de Chumbo”.
Também merecidos vencedores da MAC 2008. Parabéns.






O ano de 2009 promete, assim como 2010, 2011 e assim por diante. A arte teatral em Guarulhos não para e não vai parar de crescer, pois ela é feita de artistas de talento, vontade e acima de tudo amor pelo palco que pisam, cada vez mais dispostos a criar e aprender. Sempre.





___________________________________Felipe Cirilo...


^

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Música: "Pôe Fogo!"
Palco de Brincadeiras

.
"Pôe fogo!
Pôe fogo!
Pôe fogo pra ver o que acontece.
.
O povo que passa tem
Mais de mil raças
Idéias, verdades, mentiras
.
Diziam que eram
Aquilo que viam
Mas podiam ser o que for
.
Veja o que é
Veja o que quer
Veja o que pode ser
.
O erro acontece
Risada e esquece
Mas sempre pode acontecer
.
Pôe fogo!
Pôe fogo!
Pôe fogo pra ver o que acontece"


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Revolutividade>
^
General, o seu tanque é
um poderoso veículo
que derruba as florestas &
esmaga uma centena de homens.
Mas tem um defeito: ele precisa de um motorista.


General, seu bombardeiro é poderoso.
Ele voa mais rápido que uma tempestade
& transporta mais de um elefante.
Mas tem um defeito: ele precisa de um mecânico.


General, o homem é muito útil.
Ele pode voar e pode matar.
Mas tem um defeito: ele pode pensar.
Bertold BRECHT.




Teoria da Revolutividade

Palco de Brincadeiras> ____Apresentar este material, nada mais é que apresentar registros, estudos,todos
passíveis de crítica. Assim como toda
crítica é passível de crítica, pois
ela é um estudo daquilo que está
criticando. Mesmo passíveis assim,
é necessário correr riscos, já que
temos uma concepção, em construção, do
que estamos falando.
Refletir junto.
E, junto a toda falação, vamos trazer a
vivência concreta (memória das experiências,
diferente de discursos e teses).





A Revolutividade está entre a teoria e a revolução.
O passo seguinte à teoria é aplicá-la (na formade um exemplo) a uma situação, contando-a, narrando-a. Exercitar
a criatividade que, por sua vez, evoca energia e, conseqüentemente, o agir.




Um teatro Revolutivo, não revolucionário.
Não deseja mudar o mundo, buscar erros
e extirpá-los, pelo contrário, os trás à tona com
tudo o que eles têm, de diferentes e amplos
pontos de vista. A Revolutividade mostra com
disfarces e caricaturas de caráter
Busca uma nova plástica à arte > _____espetacular
^

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O Palco Indica:


"A Coisa Privada" é para encafifar como diria minha mãe.

É o teatro de situações. A ausência da fala na forma comum aos nossos ouvidos, convida a observar mais e mais atentamente as imagens, belamente criadas por esta companhia que me surpreende a cada espetáculo que assisto. A crítica política desta maneira é feita, porém comicamente, ou seja, não pesa e faz com que a criatividade do espectador viaje longe. Em cartaz no CCSP.

Felipe Cirilo.

“A COISA PRIVADA”Espetáculo teatral criado pelo grupo Fora do sériO


Sinopse. Em uma terra distante, numa época distante, porém com uma realidade bem próxima, 3 velhos cansados de presenciar a corrupção e a falência de todo o sistema público de onde vivem, decidem abandonar a terra natal em busca de um paraíso. Ao partirem, Fulano - o carregador do trio, passa por uma série de peripécias e não consegue sair da cidade.
Sobre o processo de criação“A Coisa Privada” é o mais recente espetáculo teatral elaborado pelo grupo Fora do sériO em parceria com o SESC Ribeirão Preto.

O especial deste projeto é que ele foi idealizado de forma que seu processo de criação fosse exposto ao público antes da conclusão do espetáculo. Assim, através de ensaios abertos, palestras e oficinas, o público pôde refletir, debater, expor e ouvir idéias, opinar, contribuir para a elaboração do trabalho e desvendar as etapas da criação teatral.


Sobre o espetáculo O tema de “A Coisa Privada” é extraído da vida política que o Brasil vive atualmente. Infelizmente, as notícias que a imprensa publica não refletem modelos de políticos que inspiram orgulho, ao contrário, escândalos sucessivos vem deixando a população boquiaberta com o grau de organização das quadrilhas existentes no setor público especializadas em fraudes, sonegação fiscal, desvios de verba pública, vendas de laudos técnicos, falsificações de documentos, licitações fraudulentas, etc e etc ...

A linguagem. Quanto às escolhas estéticas, a comicidade e a utilização da máscara teatral não são novidades para o grupo Fora do sériO, mas a ousadia está na opção por um espetáculo baseado na linguagem não verbal. Embora fosse um sonho antigo, “A Coisa Privada” concretizou esta vontade de apresentar um espetáculo apoiado na comunicação gestual e não dependente da linguagem verbal, embora seja utilizado o “grammelot”, conjunto de sons que cria uma espécie de língua inventada cujo sentido se constrói a partir da inflexão das sonoridades em conjunto com a comunicação dos gestos e o ritmo da ação cênica. Como já expressou um espectador do ensaio aberto, “o público constrói o diálogo”.
A coragem da criação coletivaA forma da construção do espetáculo também está intrinsecamente ligada ao tema. A criação coletiva, expressão que causa arrepios pela fragilidade que pode causar a ausência de um diretor, foi a opção para a elaboração do roteiro, as montagens das cenas, a organização das idéias. Não é um processo fácil, ao contrário, exige um grande desenvolvimento de grupo e capacidade de ouvir, mudar, acatar as idéias do outro, aliás, pré-requisitos essenciais para a vida em democracia.
A Equipe Fora do SeriO.

Extraído do site: http://www.foradoserio.net/

Mais informações no site do Centro Cultural de São Paulo:
http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_teatro.asp