Síntese das Sínteses Sobre Bertold Brecht e o Teatro Épico.
Bertold Brecht foi o encenador que mais intensamente desenvolveu as criações do teatro épico, um teatro que viria como uma alternativa à subjetividade do expressionismo, à poesia do simbolismo e um belo achado frente ao drama e o naturalismo. Trabalhou na criação e recriação de propostas que já vinham, por exemplo de encenadores como Meyerhold, Piscator e Claudel.
Os estudos desenvolvidos por Brecht estruturam um teatro que não está para o público e sim com o público, assim cada apresentação de espetáculo torna-se um experimento sociológico, que envolve os atores e a própria platéia, em cena. Apresenta fatos de maneira objetiva não dando julgamentos ou respostas as questões abordadas, mas expondo inúmeros pontos de vista, abrindo o leque de possibilidades ao espectador que dessa maneira não entrega-se ao enlaçe psicológico do teatro naturalista, mas reflete, raciocina e toma partido diante daquilo que lhe é apresentado.
O teatro épico mostra ao público que aquilo que é visto no palco é encenação, teatro e não uma cópia, necessariamente fiel, da realidade que vivemos no dia-dia, dispensando dramas psicológicos dependentes de relações inter-humanas individuais. Incita seu público, não a anestesiar-se num mero entretenimento oriundo de identificação emocional, mas sim à descoberta de amplas visões representadas em meio à questões e contextos do toda uma sociedade. Uma expressão artística de função social. O ator épico relaciona-se livremente com a platéia, inclusive expondo seu próprio ponto de vista, transitando entre representar sua “máscara”, seu personagem e dialogar com o espectador.
De maneira breve, brevíssima pode-se iniciar um belo e longo diálogo, acerca dessa estética tão crescente e estudada na história do teatro no mundo, a partir destes sintéticos conceitos sobre Bertold Brecht e o teatro épico.
Felipe Cirilo.
palcodebrincadeiras@gmail.com
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on quarta-feira, 3 de junho de 2009
at 08:51
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O Palco...
- Cia Teatral Palco de Brincadeiras
- Um grupo em crescente descoberta das possibilidades teatrais, interessado em dar seqüência ao estudo e criação em teatro.
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Biografia do Palco...
O grupo Palco de Brincadeiras surgiu em 2005, a partir das atividades originadas no projeto de Oficinas Culturais desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura de Guarulhos. Uma oficina de teatro ministrada no Espaço Oficina Cultural, na Vila São Jorge, foi o ponto de encontro desse grupo, e após o término os participantes permaneceram trabalhando juntos.Os integrantes trouxeram para as aulas conhecimentos diversos, relacionados ou não a linguagens artísticas. Para alguns, era o primeiro contato com o teatro, enquanto outros já tinham passado por algumas experiências nesse sentido. Foi desenvolvido, então, um processo de aproximação e experimentação com a linguagem teatral e, consequentemente, de integração entre todos.
O primeiro espetáculo, "Brin-Cadeiras Cegas", resultado de 8 meses de oficina, foi apresentado em dezembro de 2005 na Mostra das Oficinas Culturais no Teatro do Centro Educacional Adamastor, em Guarulhos; em Abril de 2006 no Projeto Vocacional Apresenta, da Secretaria de Cultura de São Paulo, no Teatro Martins Penna e em Agosto de 2006 na MOTE (Mostra de Teatro de Guarulhos) novamente no Teatro do Centro Educacional Adamastor.Após configurar-se como grupo, foi criado o espetáculo infantil "O Príncipe e as Mocréias", apresentado em Janeiro de 2006 no Espaço Imagem e Ação, em Guarulhos.Ainda em 2006 o grupo realizou uma oficina de teatro com alunos da escola do Cambará (Guarulhos) e, junto com a comunidade (e em processo de criação coletiva), apresentou o espetáculo "A Páscoa". Com características do teatro de forma épica, buscou trazer uma reflexão sobre o verdadeiro sentido desta festa.
Desde agosto de 2006 o grupo faz um trabalho de pesquisa da Mitologia Greco-Romana, do qual surgiu o espetáculo "A Pedra Negra da Frígia", que em Setembro deste ano, pelo Projeto Vocacional Apresenta, da Secretaria de Cultura de São Paulo, estreou no teatro Arthur Azevedo, com seqüência nos teatros: Paulo Eiró, Centro Cultural da Juventude e Cacilda Becker, e fechando o ano o espetáculo foi apresentado no corredor da Galeria Olido - Largo do Paysandú, São Paulo - onde, pela primeira vez a Cia. experimentou a rua como palco para brincadeiras e também um espaço atípico. Já em 2008 na cidade natal, Guarulhos, passou pelos teatros Nelson Rodrigues, Padre Bento e Adamastor Pimentas.
Trata-se, portanto, de um grupo em crescente descoberta das possibilidades teatrais, interessado em dar seqüência ao estudo e criação em teatro.
O primeiro espetáculo, "Brin-Cadeiras Cegas", resultado de 8 meses de oficina, foi apresentado em dezembro de 2005 na Mostra das Oficinas Culturais no Teatro do Centro Educacional Adamastor, em Guarulhos; em Abril de 2006 no Projeto Vocacional Apresenta, da Secretaria de Cultura de São Paulo, no Teatro Martins Penna e em Agosto de 2006 na MOTE (Mostra de Teatro de Guarulhos) novamente no Teatro do Centro Educacional Adamastor.Após configurar-se como grupo, foi criado o espetáculo infantil "O Príncipe e as Mocréias", apresentado em Janeiro de 2006 no Espaço Imagem e Ação, em Guarulhos.Ainda em 2006 o grupo realizou uma oficina de teatro com alunos da escola do Cambará (Guarulhos) e, junto com a comunidade (e em processo de criação coletiva), apresentou o espetáculo "A Páscoa". Com características do teatro de forma épica, buscou trazer uma reflexão sobre o verdadeiro sentido desta festa.
Desde agosto de 2006 o grupo faz um trabalho de pesquisa da Mitologia Greco-Romana, do qual surgiu o espetáculo "A Pedra Negra da Frígia", que em Setembro deste ano, pelo Projeto Vocacional Apresenta, da Secretaria de Cultura de São Paulo, estreou no teatro Arthur Azevedo, com seqüência nos teatros: Paulo Eiró, Centro Cultural da Juventude e Cacilda Becker, e fechando o ano o espetáculo foi apresentado no corredor da Galeria Olido - Largo do Paysandú, São Paulo - onde, pela primeira vez a Cia. experimentou a rua como palco para brincadeiras e também um espaço atípico. Já em 2008 na cidade natal, Guarulhos, passou pelos teatros Nelson Rodrigues, Padre Bento e Adamastor Pimentas.
Trata-se, portanto, de um grupo em crescente descoberta das possibilidades teatrais, interessado em dar seqüência ao estudo e criação em teatro.